quinta-feira, 19 de abril de 2012

Poema "Sevilhana" por Maria Madalena Ramos


Abram alas
Entram as dançarinas
Batam palmas
Há magia no ar
Vamos lá sapatear
Elas belas sensuais
Belos fatos coloridos
Dão asas à conquista
Um olhar bem maroto
Que vai cair no goto
Daquele que se insinuar
Nele se vai cruzar
Mãos tocam castanholas
Entoam um belo ritmo
Elas usam seus leques
De uma forma inigmática
Entre danças e olés
Fica o palco engalanado
Por tanta cor e graça
Começa a sevilhana
Com ela a libertação
Exala sensualidade
Eleva sua fronte
Com grande entusiasmo
Viva a alegria
Bailar o amor, amor burlesco
Flamenco é prosa
Sevilhana é poesia
Sevilhana não é flutuar
É sentir o pé no chão
Para nele descarregar emoção
É ser copla apaixonada
Quatro vezes sensual
Cada gesto insinua o olhar
Sevilhana é festa
Sevilhana é galanteio
Não se recita sozinha
Nasceu com ela o dueto
Amor pela mulher colorida
Pelo homem desejado
Sevilhana é arte
É sabor a pecado
Batam palmas
Batam pés
Abram alas aos OLÉS

1 comentário:

  1. Poema muito bonito, onde as palavras executam todos os movimentos e sensações da dança! Parabéns

    ResponderEliminar